domingo, 8 de janeiro de 2012

Coluna Falando Sério

Morreu, aos 102 anos, Beatriz Bandeira, a última sobrevivente da famosa cela 04 – onde foram presas, na Casa de Detenção, no Rio de Janeiro, então Distrito Federal, as poucas mulheres que participaram da revolta comunista de 1935 no Brasil. Foi na cela 04 que ficaram confinadas Olga Benário (esposa do líder da intentona, Luiz Carlos Prestes), a futura psicanalista Nise da Silveira, a advogada Maria Werneck de Castro e as jornalistas Eneida de Moraes e Eugênia Álvaro Moreyra. Por conta dessa passagem, Beatriz virou personagem de livros como “Memórias do Cárcere”, o relato biográfico de Graciliano Ramos, que também esteve preso por causa da revolta. Pouco antes, como militante comunista e da Aliança Nacional Libertadora (ANL), Beatriz conheceu seu marido, Raul, que viria a ser jornalista e secretário de Imprensa do governo João Goulart (1961-1964). Com ele se casou três vezes. Os dois foram exilados duas vezes. Em 1936, depois da libertação, foram expulsos para o Uruguai. Em 1964, após o golpe militar, receberam abrigo na Iugoslávia e, posteriormente, na França. Ao regressar ao Brasil, Beatriz continuou a militância política nos anos 70 e 80. Foi uma das fundadoras do Movimento Feminino pela Anistia e Liberdades Democráticas, que lutou pelo fim da ditadura no País.
Família
Beatriz nasceu em uma família positivista. Seu pai, o coronel do exército Alípio Bandeira, foi abolicionista. Como militar, trabalhou no Serviço de Proteção ao Índio (SPI) e ajudou o Marechal Cândido Rondon na instalação de linhas telegráficas no interior do País e no contato com tribos isoladas – Alípio liderou o encontro com os Waimiri Atroari em 1911, por exemplo.
Militância
Além de militante política, Beatriz foi poeta (publicou “Roteiro” e “Profissão de Fé”) e professora (foi demitida pelo regime militar da cadeira de Técnica Vocal do Conservatório Nacional de Teatro).
Escritora
Também escreveu crônicas e colaborou para o jornal A Manhã e as revistas Leitura e Momento Feminino. Há dez anos ela contou um pouco de sua história em uma entrevista à TV Câmara.
Fato
Beatriz morreu na noite de segunda-feira (dia 02/01/2012) após um AVC. Foi enterrada no final da tarde de terça-feira (dia 03/01/2012) no Cemitério São João Batista, em Botafogo, Rio de Janeiro.
Homenagem
Rendo a minha homenagem ao seu neto Luiz Antonio Ryff de quem recebi um belíssimo depoimento sobre seus últimos momentos ao lado de sua avó Beatriz Bandeira Ryff.
Pressa
O governador Confúcio Moura (PMDB) pediu agilidade e pressa no programa de regularização fundiária estadual.
Posse I
A semana foi marcada por posses no governo Confúcio Moura (PMDB). Na Casa Civil foi a vez de Juscelino Amaral, que ao tomar posse demonstrou gozar de muito prestigio pessoal entre os irmãos de Maçonaria.
Posse II
A semana encerrou com a posse de Ricardo Sá (ex-chefe da Casa Civil) na Sociedade de Porto e Hidrovias – SOPH, demonstrando muito prestígio pessoal com a classe política e religiosa do Estado.
Mudanças
O ciclo holístico do governador Confúcio Moura (PMDB) ainda não acabou. Muitas mudanças se darão até o início da abertura dos trabalhos legislativos.
Aniversário
Rondônia fez 30 anos como Estado e a festa foi no Palácio Presidente Vargas com direito a bolo e velinhas sopradas pelo governador Confúcio Moura (PMDB).
Ausência I
Toda a classe jornalista presente estava num burburinho só, registrando a ausência de muitos aliados do governo. Principalmente dos deputados estaduais e federais que compõem a base aliada.
Ausência II
Também comentários não deixaram de existir em torno da ausência do vice-governador Airton Gurgacz e do Senador Acir Gurgacz.
Ausência III
Além é claro, da ausência da deputada federal Marinha Raupp e do senador Valdir Raup, ambos são os caciques maiores do PMDB rondoniense.
Substituição
A bem que se sabe, o novo secretário de saúde do Estado, delegado Rodrigo de Souza, por determinação do Palácio do Governo, já procura um novo nome para assumir a direção do Hospital João Paulo II.
Minguando I
Quem vem minguando a nível nacional é o Democrata (ex-PFL). Parece que com a nova denominação, não colou muito bem, pois renegaram a bandeira do liberalismo no país.
Minguando II
A nova denominação da sigla não caiu na graça do eleitor, lhe trazendo enormes prejuízos eleitorais nas ultimas eleições e o golpe fatal veio com a dissidência “Kassabista”, dando origem ao PSD.
Visita
Quando o governador Confúcio Moura (PMDB) fez sua primeira visita nos prédios do CPA, fez o seguinte comentário: "Esta obra vai ser muito boa para o Poder Executivo e para os Servidores Públicos, não vou mudar nada, apenas acrescentar um local para o pessoal fazer ginástica, que servirá para melhorar a saúde de todos".
Esforço
O Diretor do DEOSP Abelardo Castro precisa somar esforços com as empresas contratadas para a execução da obra do CPA, juntamente com a equipe técnica do governo e Ministério Público visando equacionar os problemas junto ao TCE-RO.

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