quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

A Greve da PM, o exemplo vem do Acre!


          Parto do discurso popular, quando sempre nos perguntamos, por que não pagar bem aos profissionais que fazem a nossa segurança, educação e saúde? Nesse, vou me ater aos profissionais que fazem a nossa segurança, ou seja, ao policial que troca tiro com bandidos, corre atrás dos mesmos, rola no chão, entra no beco e sai do beco, e muitas vezes, ficam na mira de uma arma, fora muitos outros acontecimentos corriqueiros do seu cotidiano profissional que nem precisam ser mencionados, que nos faria alongar o texto.
            Não vejo com bons olhos a nova greve da Polícia Militar, o momento da negociação passou, ou seja, no movimento ocorrido em maio deste ano. A opção do radicalismo que tomou conta, tantos antes, como nesse novo momento do movimento, não constrói nada de bom para categoria e nem para o governo. A final, ambos perdem a credibilidade com a sociedade, pois precisam garantir a segurança da mesma, principalmente da nossa capital, que configura no ranking da violência, como uma das capitais que apresenta os maiores índices de criminalidade, devido a muitos, ainda conviver em bolsões de pobreza, e que naturalmente, os empurrar para viverem com a marginalidade.
            Devemos esclarecer que o policial militar não pode sindicalizar-se, ou seja, pela nossa Constituição Federal, são proibidos de formar sindicatos de representação de classe. Assim, com a ausência do sindicato, surge na verdade associações paralelas, que em muitos casos, faz surgir lideranças personalistas e oportunistas, que buscam a promoção pessoal e a retirada de dividendos políticos futuros. Tais atos resultam na promoção de insubordinação e baderna, bem como, o inflame da tropa.
            Em linha geral, os policias e bombeiros militares do Brasil ganha pouco em nosso país. Nos últimos tempos, estão vivendo uma enorme defasagem salarial. Isso ocorre devido à falta de tradição na negociação salarial por conta da ausência do sindicato. Permitindo criar falsas lideranças na categoria, que partem para o radicalismo, em muitos casos, não possui a consistência, exigida pelos princípios que norteiam uma política sindical séria, comprometida com a construção de um processo de dialogo permanente, e que na prática, seria bem mais benéfico para a categoria e para os governos estaduais. Então, só resta uma opção, para acabar com o oportunismo e as possíveis greves, que se mude a nossa Constituição Federal, no quesito de sindicalização de policiais e bombeiros militares e qualquer ato paralelo.
            Assim, nesse momento, é preciso retomar o diálogo, chamar todas as entidades a mesa, se construir uma trégua em ambos os lados, resolver o que tem que se resolver nesse novo momento. Agora, é começar a construir um novo processo de discussão em torno da reposição salarial através de exemplos. E como maior exemplo, vem do nosso vizinho Estado do Acre, que já fez bem a sua lição de casa, ou seja, colocou em prática a isonomia salarial entre Policia Civil, Militar e Bombeiros. Algo que poderia começar a ter eco pelas bandas de cá.

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