terça-feira, 13 de dezembro de 2011

É preciso um gabinete de crise para o Hospital João Paulo II


            Em toda minha vida, pensei que tinha presenciado muitas cenas que ficaram para sempre em minhas lembranças, mais acredito, que as cenas mais fortes que ficaram embutidas na minha memória, serão as das visitas aos corredores e leitos que fiz no Hospital João Paulo II de Porto Velho.
            Na minha concepção, os médicos, enfermeiros, funcionários administrativos, terceirizados, pacientes e familiares são verdadeiros heróis em cada plantão realizado num cenário desolador, com cenas impactantes de horror e tristeza.
            Nos últimos anos se investiu na saúde da ambulância ou no jogo de empurra em todo o território rondoniense. Ficou mais fácil para a maioria dos prefeitos e secretários de saúde dos municípios, jogarem nas costas do Estado a sua missão de fazer bem a lição de casa, ou seja, aplicar os recursos na medicina de baixa complexidade, preventiva e doenças crônicas.
            A crise na saúde pública brasileira é estrutural como bem disse o ex-ministro José Gomes Temporão. Estrutural porque faltam boas escolas de formação, bem como investimento na pesquisa e produção acadêmica na medicina brasileira. Zelo com os recursos públicos disponíveis para serem bem aplicados, desenvolvimento de políticas públicas séria envolvendo todos os personagens e bons profissionais para o exercício da gestão médico-hospitalar.
            Não é fácil para nenhum gestor público, em curto prazo de tempo, vencer tantas mazelas que impregnaram a saúde do Estado a décadas. Pois todas as unidades de saúde sob a responsabilidade do governo tornou-se o grande gargalo para o governo Confúcio Moura (PMDB), bem como toda a sua equipe de gestão da saúde pública no Estado que agora tem que correr contra o tempo, a final, o primeiro ano de governo se foi, restando apenas dois, pois 2014 é um ano eleitoral com um cenário de reeleição.
            Assim, concluo defendendo a afinação dos instrumentos por parte de toda a equipe, promover mutirões cirúrgicos, chamarem os prefeitos a responsabilidade, promover um pacto pela saúde esclarecendo a população da importância de cada município também fazer a sua parte. Por último, a instalação de um gabinete de gerenciamento de crise da saúde para identificar, mapear, prevenir, tomar decisões rápidas e firmes, a fim de colocar nos trilhos de verdade, a saúde pública do Estado.

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