sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Os filiados de Aluguel – Parte III


           Hoje se encerra os prazos de filiação para quem deseja disputar nas próximas eleições municipais, um cargo eletivo para vereador, vice-prefeito e prefeito dos mais de cinco mil municípios espalhados no território brasileiro.
            A cada eleição que venho participando como dirigente partidário, ficamos cada vez mais perplexo com o tabuleiro de xadrez desenhado por alguns dirigentes partidários. Muito se fala ou se rotula no cenário político, a existência dos partidos de aluguel, ou seja, um partido político nanico que é usado por um partido mais forte, com a finalidade estratégica de obter vitória nas urnas.
            Esses partidos nanicos geralmente possuem pouca expressão eleitoral, segundo informações colhidas na enciclopédia livre Wikipédia, a maioria das vezes, seus dirigentes (municipais, regionais e nacionais) recebem benefícios pessoais por compactuar com a submissão dessas entidades a outras. Vários serviços podem ser contratados e negociados junto a um partido de aluguel, como por exemplo, ampliar o tempo de televisão, tempo na televisão apenas para denegrir adversários, compor coligação para lançar mais candidatos, ampliar quoeficiente eleitoral, trampolim eleitoral para infidelidade partidária e burlar a fidelidade partidária (mais recente).
            Numa disputa política pelo poder se usa muitas estratégias que superam as usadas num ring de vale tudo. Posso afirmar categoricamente, que em Porto Velho, não só existe partidos de aluguel, mas também existem os candidatos de aluguel. Estes são lideranças dos mais diversos segmentos que se dizem dono de um grande curral de votos e se colocam no cenário para serem arrobados como boi, por muitos dos dirigentes municipais de muitas legendas partidárias.
            O jogo é pesado, vários dirigentes partidários ou mesmo pré-candidatos a prefeitos, passaram esses últimos noventas dias que antecederam o encerramento dos prazos de filiação, oferecendo nomeações em cargos de confiança, gasolina, serviços gráficos e mais algumas coisinhas para que estes “cabos eleitorais de luxo”, se filiem nos partidos que estão sob seu comando.
            Mas essas conversas republicanos são copiadas de outros exemplos pelo Brasil afora, pois essa prática já aconteceu em eleições passadas, o Blog Alerta Brasil, nos revela que a supercoligação formada para eleger Luiz Marinho (PT) prefeito de São Bernardo do Campo (SP) em 2008, contou com candidatos a vereador que, assumidamente, emprestaram seus nomes em benefício da vitória do petista e com a benção-e dos recursos- do PT nacional. Marinho investiu cerca de R$ 5 milhões na campanha de 242 candidatos na cidade, sendo 211 de dez partidos da coligação. Das siglas aliadas, não elegeu nehum deles.
            Os postulantes derrotados entrevistados pelo Jornal Folha de São Paulo, disseram ter sido usados como "cabos eleitorais de luxo", candidatos "de aluguel". Outros admitiram ter entrado na disputa apenas para emprestar o prestígio em seus redutos eleitorais à campanha do prefeito petista.
            Assim, ainda acredito que podemos fazer política com mais transparência e compromisso com a população, ou seja, fazer mais, para quem mais precisa de atenção das instituições públicas, pois o nosso maior desafio, é erradicar o atraso cultural em nosso país, bem como a probreza. Entretanto, essas práticas sujas em meio ao cenário político deixará de existir, cabendo a nós, apresentar novas práticas na política e buscar sempre o caminho da austeridade.

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