sábado, 10 de setembro de 2011

O 11 de setembro marcado na história
            Não poderia deixar de escrever sobre a data de 11 de setembro, afinal, foram dois acontecimentos que entraram para a história contemporânea. Um descreve a queda do governo socialista de Salvador Allende no Chile e o outro, o atentado terrorista nas Torres Gêmeas do World Trade Center em pleno coração financeiro de Nova York nos EUA.


            A história nos conta que após o golpe de Estado promovido pelos militares no dia 11 de setembro de 1973 no Chile, resultando na queda do governo de Salvador Allende, sendo ele o primeiro estadista socialista marxista eleito democraticamente na América Latina. O seu governo foi marcado pela tentativa de socializar a economia chilena, através da implantação da reforma agrária, nacionalização das indústrias, bancos e das minas de cobre.


            A adoção da “via chilena para o socialismo” como base política pretendia uma transição pacifica para a implantação de um regime socialista no Chile.  Tal tentativa de Allende teve uma resposta imediata dos falcões de Washington, ou seja, passou a sofrer pesadas pressões políticas norte-americanas e de grupos de pressão político criados no Chile pela CIA. A queda o governo de Salvador Allende no Chile, ficou conhecida como a noite sombria das ditaduras militares na maioria dos Países da América Latina. Pois houve a deposição dos governos democráticos, promovendo um freio nas lutas de libertação no continente latino-americano, e a partir desse momento, se deu a implantação de regimes autoritários, repressivos e o desmantelamento das conquistas sociais.


            O ataque terrorista as Torres Gêmeas do World Trade Center em Nova York, promovido por grupos de terrorista que militam no oriente médio, foi uma resposta contra a tentativa “expansionista” dos EUA, pois estes tentam criar um novo ciclo de dominação e acumulação de capital no mundo árabe. Tal acontecimento levou a Casa Branca no governo de George W. Bush, tomar medidas drásticas contra o “terror”, que levou a promover reformas constitucionais e desenvolveu uma nova doutrina de segurança nacional de tolerância zero.


            A cortina de fogo por traz de tudo essa guerra contra o “terror”, se deu pelo pretexto de combater o fundamentalismo religioso, na tentativa de avançar e conquistar os recursos petrolíferos do rico subsolo do Oriente Médio. Além é claro, de mascarar a guerra contra o “terror” e na verdade, parte do ciclo de expansão e consolidação da globalização neoliberal. Assim, ambos os fatos marcam a política de influência expansionista dos EUA sobre o mundo, ou melhor, da Nova Roma. O objetivo maior dessa política é impor a sua política de dominação econômica através da expansão e consolidação da globalização neoliberal, como nova ordem internacional, na tentativa de estabelecer a lógica do fato consumado.

Nenhum comentário: