sábado, 27 de agosto de 2011


A primavera poderá chegar ao Brasil
            Não poderia deixar de tratar um assunto tão importante quanto à primavera árabe. Retomo a discussão em torno do tema, pois o que esta em jogo não é a democracia daqueles países, mas o avivamento do sistema financeiro dos países mais ricos do mundo, estes estão mergulhados numa profunda crise econômica e que precisam urgentemente aquecer as suas economias.
            A cortina que se abre na janela dos países árabes para a democracia e os olhares para um novo horizonte sonhado pela luta armada em favor da liberdade. Vai estar longe de conviver com a verdadeira liberdade. O regime ditatorial que caiu privava o seu povo da liberdade política e agora a esperança consiste em construir um Estado democrático de direito.
            Mas o preço dessa liberdade democrática esbarrará na pior das ditaduras de todas, ou seja, a ditadura econômica. A revolta popular e armada com o fim específico de se implantar a democracia teve um início sangrento, centenas de civis inocentes foram mortos. Entretanto, com essas novas democracias, se iniciaram enormes dívidas desses países árabes com os países ricos, principalmente os EUA, Reino Unido, Itália, França e Alemanha.
            A famosa “ajuda humanitária” tem um único objetivo, que não é a recuperação econômica e nem muito menos a recuperação da infra-estrutura do cenário local, mas o verdadeiro pano de fundo é promover o endividamento de tais personagens com os países que concederam tais “ajudas”. Estes trouxeram de volta o Capitão América. Enfim, não foi só nas telas de cinemas que teve a sua volta, mas também no mundo da realidade.
            A principal moeda de troca usada foi o petróleo para receber as tais “ajudas humanitárias”. Esse foi o custo para conviver numa democracia e com liberdade política. Afinal, é do conhecimento de todos, até mesmo de uma criancinha das primeiras séries iniciais, a importância que tem o óleo negro para mover o mundo. Sendo assim, o subsolo rico desses personagens, trabalharão incansavelmente nos próximos anos para pagar os empréstimos contraídos junto aos “generosos” países ricos.
            Puxando um pouco para nossa seara, os papéis podem se inverter pelas bandas de cá, ou seja, a degeneração da nossa Nova República pode forjar na alma do povo, um sentimento falso de voltar a conviver novamente com uma Ditadura, seja ela civil ou militar, afinal, por mais que o ex-presidente Lula tenha pagado a dívida externa junto ao FMI, o nosso país ainda tem uma economia dependente e um sistema político frágil.
            Tal abordagem do parágrafo anterior, se dar pelo simples fato do nosso país esta caminhado para se tornar um personagem importante na produção de petróleo e requerer a entrada na OPEP. A Petrobras se tornará dentro em breve, a maior companhia do planeta em extração de petróleo. A aceleração da produção na camada do pré-sal até 2015 fará da companhia uma gigante do petróleo.
            A Carta Maior revelou dados curiosos sobre o gigantismo da estatal: “Ela transporta por mês 70 mil pessoas de helicóptero (um estádio do Morumbi). Seu sistema logístico movimenta dois mil caminhões por dia (enfileirados, “medem” 30 km). Responde por pelo menos 13% da arrecadação de impostos de todos os estados (exceto São Paulo). Possui 284 navios (frota maior que a de transatlânticos em cruzeiros pelo mundo, cerca de 200).
            Assim, não esta muito distante a primavera árabe acontecer por aqui, teríamos uma primavera tropical, o “petróleo que é nosso” servira para aquecer a economia mundial futura, podendo forjar um cenário de desenvolvimento econômico ou crise política para o nosso país. A nossa idéia não esta muito distante da realidade, pois ficou provado que os países ricos continuam mandando no mundo. Já os países do terceiro mundo, continuam sendo escravo do seu próprio destino, ou seja, trabalhar para manter o luxo dos ricos.

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