sábado, 6 de agosto de 2011


Os filiados de Aluguel – Parte I
            Os meus amigos de infância, principalmente os adolescentes de minha época, nos fins de tarde era fácil para as mães acharem no campo de pelada disputando a bola para ver quem fazia mais gol, pensando um dia ser o Pelé ou baixinho Romário. Outros ficavam horas na frente da televisão entretido com os jogos de vídeo-game de lutas ou de corridas, sonhando um dia ser um samurai ou quem sabe um Airton Senna. Já alguns perdiam horas na leitura de gibis e poucos perdiam horas com leituras de livros, sejam eles os grandes clássicos da literatura brasileira, ficção, títulos com abordagens política, biográficos ou religiosos.
            Tive uma visão diferente dos meus amigos de infância, segui o caminho dos livros, afinal, tive o exemplo em casa de meu pai que ficava horas com um livro em suas mãos, o mesmo devorava o livro em poucos dias. Não tinha hora, para ele o sono não chegava e nem durava, mesmo com todo o tempo tomado pelas funções que passou em sua história profissional na Polícia Militar do Estado da Paraíba ou no exercício do seu passa tempo preferido, pastorear e tirar o leite de suas vacas holandesas, seu maior orgulho.
            Ainda lembro como se fosse hoje quando comecei aos meus quatorzes anos na militância estudantil secundarista, nela tive a oportunidade de conhecer e fazer militância na União da Juventude Socialista – UJS, um braço do Partido Comunista do Brasil – PC do B nos movimentos de base. Mas nunca me filei ao PC do B, tive vários convites do líder maior da legenda até os dias de hoje na Paraíba, o ex-deputado estadual Simão Almeida, um homem de uma integridade, correção e competência irrepreensível.
            Logo me tornei um dos líderes da maior greve de estudantes da rede particular de ensino já realizada em João Pessoa, fui presidente de Grêmio Estudantil, dirigente de entidade estudantil, associado e dirigente do Centro de Estudos Políticos Olga Benário Prestes e depois, passei a fazer militância partidária no “socialismo moreno” de Leonel Brizola, ou seja, ingressei nas fileiras do PDT. Entretanto, passei da etapa de política estudantil para a prática de política partidária até o presente momento de minha vida.
            A minha militância política e partidária no Partido Trabalhista Democrático – PDT teve inicio em 1990, não pensando em cargos ou vantagens, mas por ideologia. Sei que existe uma disputa por tais e uma tendência natural do aparelhamento do Estado por quem sai vitorioso nas urnas. Sempre acreditei em coalização, negociação, tratativas, conquistas de espaços políticos e administrativos como forma de ampliar o arco de aliança e garantir a governabilidade, só não acredito em barganha ou compra de apoio, afinal, quem paga, já teve o compromisso honrado e não se pode cobrar compromissos posteriores.
             Tive uma formação política numa das escolas mais tradicionais do Nordeste, que produziu grandes homens públicos a exemplo de João Pessoa, José Américo de Almeida, João Agripino, Ruy Carneiro, João Suassuna, Ernani Sátyro, Humberto Lucena, Antonio Mariz, Agassiz Almeida, Vital do Rêgo, Ronaldo Cunha Lima, Wilson e Lúcia Braga, Marcondes Gadelha, Efraim Morais, José Targino Maranhão e na atualidade temos Vital do Rêgo Filho, Veneziano, Cássio Cunha Lima, Ruy Carneiro, Manoel Júnior, Rômulo Gouveia, Cícero Lucena e Ricardo Coutinho, poucos tiveram em grupos ou partidos políticos diferente.
            Já os personagens políticos que tiveram uma grande projeção a exemplo de Avenzoar Arruda, Raimundo Lira, Ney Suassuna, Inaldo Leitão, Evaldo Gonçalves, Álvaro Neto, Carlos Mangueira, Burity, Ricardo Rique, Chico Franca, Nadja Palitot etc. Ao procurarem os caminhos mais curtos que fez perder a identidade política ideológica, o eleitor paraibano não concedeu perdão nas urnas, os colocaram no ostracismo político. Sempre faço esse tipo de abordagem às lideranças políticas de Rondônia sobre identidade de grupo ou fidelidade partidária, nem que seja para sobrevivência política, mas tem que existir a discussão de grupo, por isso daria tudo para partir para uma aliança ampla que tivesse o PHS junto com o PMN, PT do B e PTC, unidos por um só propósito, por um só ideal, pela construção de um bloco partidário e unidos por um único objetivo, provar que é possível mudar as práticas da política partidária na nossa Rondônia e vencer as adversidades atuais que existem de convivência em bloco.

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