domingo, 1 de maio de 2011

Pensando o Mundo do Trabalho

Pintura: Tarsila do Amaral





Pensando o mundo do trabalho






Pensar é o trabalho mais
difícil que existe.


Talvez por isso tão
poucos se dediquem a ele.


Henry Ford


Não poderia deixar de escrever algumas palavras em comemoração ao nosso 1º de maio, data reservada para comemorar o dia do trabalhador em diversas nações do mundo. Uma data que é marcada por protesto de trabalhadores através de suas organizações sindicais, entidades estudantis e até partidos políticos, na certeza de reforçar o dia de luta dos trabalhadores pelas melhorias de suas condições laborais.

Os registros históricos nos trazem a lembrança das manifestações ocorridas em Chicago nos EUAS e no norte da França, foram os primeiros cenários construído pelos trabalhadores que reivindicava a redução da hora de jornada de trabalho, além de melhoria nas condições de trabalho diário em seus ambientes de labuta, tornando a data como símbolo dessa constante luta de reivindicação da vida do trabalhador como um todo.

O Dia do Trabalhador no Brasil só veio ganhar força com a chegada da Era Vargas (1930-1945), por conta da criação da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, em 01 de maio de 1943 e a influência do trabalhismo difundido por Getúlio Vargas e pelo Partido Trabalhista Brasileiro – PTB, porque até antes, apenas agremiações de trabalhadores fabris existia e sofreu pouca influência do anarquismo e mais tarde do comunismo, sem muita força ou representatividade dado à baixa industrialização a época em nosso país.

Assim, a propaganda trabalhista de Vergas, que junto a ela veio à famosa Carteira de Trabalho e Previdência Social – CTPS, que até os dias de hoje são manuseadas por todos nós trabalhadores, marcou e marca épocas. Veio alterar profundamente a vida do trabalhador no nosso país e serviu para mudar as relações entre patrão e operário. O 1º de maio passou a ser no Brasil naqueles primeiros momentos, um dia a ser comemorado com festas populares, desfiles e celebrações para homenagear as lutas por quem deu a sua vida na defesa da redução da jornada de trabalho de 16 para 8 horas diárias.

Na atualidade, as comemorações não fazem parte do calendário oficial do Estado Brasileiro, os festejos ficaram sob a responsabilidade do movimento sindical, ou seja, a CUT que é ligada ao PT, a CTB que é ligada ao PC do B, a UST que é ligada ao PHS, a Força Sindical que é ligada ao PDT e tantas outras que me foge a memória. Sabemos que essas organizações congregam sindicatos de diversas áreas e promove festejos do Dia do Trabalhador com grandes shows com a presença de artistas da música popular brasileira, promove tradicionais feijoadas, ocupam balneários, promovem atividades esportivas e sorteios de brindes em muitos casos.

O Dia do Trabalhador no mundo global no qual vivemos, são poucos os registros de atos reivindicatórios ou de protesto por melhoria das condições de vida do trabalhador como era no início do século XX. Sonhamos que Estado Brasileiro amplie as políticas públicas em favor do bem estar social como materialização da melhoria de vida em geral do seu povo e que se essa política pública de melhoria consiga acontecer, que os homens públicos façam chegar aos rincões mais distantes do nosso país.

Conclui dizendo que é preciso que cada dia a frase dita por Albert Einstein que se A é o sucesso, então A é igual a X mais Y mais Z. O trabalho é X; Y é o lazer; e Z é manter a boca fechada, não pode ser utilizada, pelo contrário, devemos sim, continuar lutando, reivindicando e protestando por melhores dias para os Trabalhadores do mundo inteiro, geração de oportunidades e um desenvolvimento social comprometido com a sustentabilidade ambiental.



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