domingo, 1 de maio de 2011

NOVA MAMORÉ PRECISA DE PAZ!

"Não pode haver paz sustentável sem desenvolvimento
sustentável.Não pode haver desenvolvimento sem educação ao longo
da vida. Não pode haver desenvolvimento sem democracia,
 sem uma distribuição mais eqüitativa dos recursos,
 sem a eliminação das disparidades que separam os países
 mais avançados daqueles menos desenvolvidos."
 (Federico Mayor, Diretor Geral da UNESCO)

            Eu não poderia de furtar-me em escrever uma homenagem a Reinaldo, pai de minha ex-aluna Renata, que teve sua vida ceifada por bandidos na tarde de ontem na Vila Murtinho, distrito de Nova Mamoré. Tragédia para uma família, Ele, pai exemplar, teve sua vida arrancada covardemente e por pouco, seu filho que estava em sua companhia, não estaria vivo para relatar aos cidadãos de bem, o ato covarde praticados por bandidos que convivem livremente no seio de nossa sociedade pacata. 
                        Se esse episódio trágico na vida de um pai de família como Reinaldo, que leva para um plano superior a covardia cravada em seu peito, tirando  sua vida a queima roupa, com um tiro de uma espingarda que arrancou-lhe o coração. Coração que representa o alicerce de uma família que chora pela perda do esposo, do pai, do amigo, do homem sincero, do trabalhador, do companheiro, do homem de bem.
Essa sua perca para a sociedade de Nova Mamoré, representa um alerta ou desabafo injusto do destino! Para aqueles que já tiveram sua casa invadida, sua vida humilhada, na tentativa desses bandidos, pertencentes a uma facção ou quadrilha organizada, que as autoridades ou moradores sabem onde moram ou se esconde, levam embora o suor do fruto do trabalho de cada um, as economias, as renúncias para conquistar um bem, que repentinamente se tornam em pó do outro lado.
Motos ou carros andando livremente na Bolívia proveniente do furto em terras brasilis! País sem lei, sem respeito aos seus patrícios! São livres em nossas terras, abrem comércio sem pagar imposto, seus filhos estudam em nossas escolas, usam de nossa saúde, arrumam emprego e ainda tem direitos trabalhistas reconhecidos pela nossa legislação! Ver se pode! Nós que moramos na fronteira, sabemos que não podemos andar livremente em suas terras como anda em nosso país. Nossos estudantes de medicina são humilhados, fazendeiros foram expulsos, suas terras foram tomadas e a Petrobrás confiscada. País da impunidade, do contrabando e da apologia à cocaína, substância que destrói famílias pelo mundo inteiro.
No local do protesto, que tem como palco a BR. 425, seu filho Diemerso deu seu testemunho, traumatizado ainda, conseguiu reunir forças para falar a todos que estão no local pedindo justiça pela morte de um cidadão, clamando das autoridades para que seja tomada alguma atitude em relação aos abusos que vêm ocorrendo na nossa cidade. Ele como um cavaleiro, não vencido pela guerra da violência, mais como um cavaleiro em favor da cultura de paz, não falou em vingança, pediu “apenas justiça e atenção das autoridades com a nossa cidade, tão esquecida no aspecto de segurança pública, hoje foi com meu pai, amanhã poderá ser você ou seu pai!”
Moramos numa cidade de fronteira, esquecida pelas autoridades em segurança pública, precisando de apoio e investimentos por parte do Governo Federal, Estadual e Municipal e da atenção redobrada do Secretário de Segurança Pública do Estado de Rondônia, do Diretor da Policia Federal no Estado e também Chefes das Forças Armadas responsáveis por guarnecerem as fronteiras do Brasil.
Fica registrado a nossa solidariedade à família e os nossos protestos as autoridades públicas.

Herbert Lins de Albuquerque
Professor
12/06/07

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