sexta-feira, 26 de novembro de 2010

A Geografia do Turismo

     Com a entrada para o terceiro milênio, o mundo esta passando por grandes transformações, onde elementos interagem para o surgimento de um novo mundo, uma modernização centralizada no termo global. A primeira vez que foi usado a expressão “Geografia do Turismo”, foi por J. Stradner, escrito na cidade austríaca de Graz em 1909 e só nos anos setenta é que foi difundido este termo no Brasil pelo estudante Kleber M. B. Assis, visando obter um título acadêmico. Assim, “em 1989 foi introduzido no currículo de Geografia do curso de graduação, a disciplina de Geografia do Turismo” (Adair Balastar Rodrigues).
     É importante o estudo de Geografia do Turismo, devido ao fenômeno do desenvolvimento econômico acelerado depois do período pós-guerra dos países capitalistas hegemônicos. Como já dizia P. de Groote (1983), “em face a sua complexidade, o turismo deve ser abordado em âmbito multidisciplinar, particularmente pelo conjunto das ciências sociais, interagindo, além dos aspectos históricos-geográficos, os aspectos econômicos, psicológicos, constitucionais e regionais, podendo-se acrescentar ainda os aspectos políticos, culturais e ecológicos, dentre outros”.
     Na economia mundial, o turismo ocupa o 3° lugar entre os maiores geradores de riqueza, representando a bagatela de 6% do PNB global, perdendo apenas para a indústria de petróleo e de armamentos. Com esta investida do capitalismo hegemônico do mundo, que se encontra voltado para o desenvolvimento do turismo, favorecendo várias áreas de reservas de valor, como maior exemplo, os volumosos recursos públicos e privados de capitais transnacionais para a criação de infra-estrutura e agressivas campanhas de marketing e de publicidade.
     Acreditamos que o Governo do Estado, através da pessoa do Governador José Maranhão e da administração municipal da cidade de João Pessoa, na pessoa do prefeito Cícero Lucena, tem se preocupado conjuntamente em conseguir recursos para o desenvolvimento e investimento no turismo local. Cada um em sua esfera, buscando o apoio da mídia, o potencial turístico local, estará brevemente no roteiro das empresas de capitais transnacionais para investimentos em divulgação, conquista do espaço de consumo e criação do fluxo turístico para o nosso estado. Onde se esforça o turismo ecológico, ou seja, o “ecoturismo”, se revelando no mercado como um produto de consumo que visa a produção do espaço, por meio de um aprendizado simplificado, da consciência da preservação e do respeito a natureza, numa sociedade moderna e contemporânea, o homem se individualiza, mais os movimentos ecológicos o modifica, pois exige desse mesmo homem, passar a ser parte integrante, procurando a percepção ambientalista, centrando-se numa nova base filosófica e religiosa, provocando o rompimento do tradicionalismo e mergulhando-se na 4a dimensão.
     Sabemos que o papel do estado é decisivo, onde tem que centrar-se numa política nacional para desenvolver os programas regionais localizados em todos os níveis da administração pública.
     Também não podemos de enfatizar a criação de novos espaços de exploração turística, para isso é importante o aumento da capacidade de transportes, melhoria no abastecimento de água e esgotamento sanitário, a capacidade geradora de energia elétrica e de comunicações, por fim, o mais importante, a capacitação e formação de mão-de-obra, com cursos destinados a formação de Bacharéis em Turismo e Hotelaria, curso de aperfeiçoamento e especialização em eventos, a exemplos de simpósios, seminários, congressos, encontros, competições, festivais etc. Contribuindo para o crescimento do mercado editorial.

Herbert Lins de Albuquerque
Acadêmico de Licenciatura Plena em Geografia/UEPB
Publicado no Jornal Correio da Paraíba, domingo, 08 de março de 1998.

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